A Caridade
Tudo começou, para o enfoque da nossa historia, com o casal Carolina Clemente e Joaquim Clemente, em 07/09/1914. Apesar de algum tempo de casados ainda não tinham tido nenhum filho. Pediam em orações que Deus lhe concedesse esta graça, até que em uma noite D. Carolina teve um sonho.

Neste sonho apareceu uma entidade envolvida numa radiosa luminosidade que trazia uma criança nas mãos.

Esta entidade anunciou que as preces do casal seriam atendidas, não com um filho, já que o casal não podia tê-los, mas com centenas deles que estavam por vir. O casal foi aconselhado a procurar um senhor espírita que fazia caridade e foi o que fizeram.

Em 07/09/1914, incorporou um espírito em D. Carolina e deu seu esclarecimento como sendo João dos Santos e que dali em diante seria o guia espiritual dela. O casal foi orientado a fundar um centro espírita e um asilo. No decorrer dos anos tudo foi se consolidando com a orientação do guia João dos Santos no Centro Espírita e no Asilo “Anjo Gabriel”, que chegou a abrigar mais de 300 necessitados.

Entre vários médiuns que freqüentavam o centro espírita Anjo Gabriel, um tinha ligação com a nossa historia.

Tratava-se de Fabrício de Almeida cujo guia espiritual era Fabrício Jose De Almeida (seu pai na vida material).

Dona Carolina desencarnou em 23/01/1931 Sr. Joaquim desencarnou em 08/01/1946 Fabrício de Almeida em 04/10/1938, herdou de um senhor um centro, pois o senhor não tinha condições de continuar com a missão.

Fabrício regularizou o centro que passou a chamar Luz e Caridade. Fabrício costumava visitar um amigo Anézio Siqueira que também era dirigente de um centro.

Anézio foi um homem muito doente, que mal levantava da cama. Certo dia em sua cama entrou em transe e percebeu naquele estado de semi- consciência que estava rodeado de pessoas todas vestidas de branco, dizendo que tinham sido enviadas pela justiça divina e que todos que necessitavam de caridade. E para curar estas pessoas ele teria que mandar que eles fizessem os exercícios e jogar os espíritos nas pessoas que estivessem presentes e sempre que precisasse de ajuda ele teria que pedi-la aos Aratãs, Penas Brancas ou Caiçaras.

Despediram-se e saíram. Anézio, então levantou da cama e foi fazer a barba e mal tinha começado tornaram a bater na porta. Era um casal com o filho doente que informaram a Anézio que uns senhores tinham dito que ele podia curar seu filho. Anézio assim praticou sua caridade curando o menino.

Anézio era um médium navegante que não se fixava em nenhum lugar e não formava médiuns. Até que em 1939 mudou-se para Santo Amaro, onde lhe foi concedido um galpão que tinha sido alugado pelo Dr. Castelo Branco que havia recebido uma grande caridade.

Entre os freqüentadores do centro de Anézio encontravam-se Dellius Fragoso. Em 1941, Anézio comunicou aos freqüentadores que iria para São Vicente e não voltaria, pois iria desencarnar naquela cidade.

Dellius Fragozo ficou desgostoso, mas Anézio aconselhou-o a freqüentar o centro do amigo Fabrício, que tinha adotado o mesmo sistema de espiritismo.

Anézio Siqueira desencarnou em 14/01/1943.

Ali no centro de Fabrício, Dellius tinha a função de auxiliar e assim ficou por 9 anos, até que em 1950 esclareceu seu guia que era seu primo, Jose Ramos Nogueira Fragoso.

Logo após este acontecimento o centro de Fabrício ficou fechado por um ano, devido enfermidade do dirigente. Fabrício desencarnou em 1977, e sua esposa D. Zina tocou o centro. No inicio de 1951 Dellius Fragoso recebeu recado de sua irmã que sua sobrinha e o filho estavam passando mal e que os médicos desenganaram, e mandaram para morrer e casa. Dellius foi até o local e ficou preocupado, pois achava que nada poderia fazer, já que o centro de Fabrício estava fechado naquele período.

Após alguns minutos, manifestou-se em sua irmã, Aparecida que era médium do centro do Fabrício o guia Álvaro Luiz de Oliveira, que autorizou Dellius fundar um centro e praticar o mesmo espiritismo que tinha aprendido começando por sua sobrinha e o filho dela.

Ali mesmo orientou Dellius o que ele tinha que fazer e dizer para doutrinar os espíritos sofredores e assim praticou sua primeira caridade.

Algumas horas depois os dois tiveram melhora e começaram a se alimentar, depois se curaram.

Assim fundou a Confraternização Ramos Nogueira em 02/02/1951.

Entre os médiuns tinha um que se destacava por sua dedicação e aceitação pela caridade: Antonio Fernandes Teruel Filho que conheceu Dellius em 1955.

Antonio Fernandes passou a auxiliá-lo e o acompanhá-lo e levou 9 anos papa esclarecer seu guia que era seu pai Antonio Fernandes Teruel

Dellius Fragoso desencarnou de parada cardíaca em 02/11/1986.

No dia 13/06/1987 – um sábado Antonio Fernandes estava em sua casa junto com vários familiares e um sobrinho chegou com o filho com muita febre e pediu para Antonio que prestasse uma caridade e assim o fez.

Logo o menino melhorou.

Manifestou em sua irmã Maria Fernandes ( que também era médium da caridade Ramos Nogueira) o seu guia espiritual Sebastião Carvalho da Silva, autorizando Antonio Fernandes a montar um centro e prestar as caridades nos mesmo modos de Dellius Fragoso.

Estava fundada a Confraternização Espiritual Antonio Fernandes (Caridade) em 13/06/1987.

Hoje situada a Rua Dourados 546, Vila Vivaldi – Rudge Ramos.